Servidor público de São Miguel da Boa Vista fala para jornalista sobre ritual no cemitério municipal
Depois da localização de ritual com galinhas mortas no cemitério municipal, a Vigilância Sanitária de São Miguel da Boa Vista se manifestou nesta terça-feira (13) na Rádio Líder. O representante do órgão de fiscalização é Glauber Souza, coordenador-presidente do Colegiado e Câmara Técnica de Vigilância Sanitária das regiões da Amerios e Ameosc.
O profissional falou com o jornalista do grupo WH Comunicações Ederson abi que entrou em contato com o órgão após receber as imagens do ritual, localizado domingo (11) no município. Souza fez questão de comparecer na emissora para explicar a ocorrência atendida pelo órgão. Conforme ele, a denúncia foi realizada no domingo.
A Vigilância Sanitária foi ao cemitério na manhã de segunda-feira (12) para verificar a situação. No entanto, a administração do cemitério já havia retirado os animais e realizado a limpeza na região da Cruz Metre, onde o ritual foi executado.
O que a legislação diz
O fiscal Glauber Souza explica que entende a questão religiosa do ritual e lembra que vivemos em um Estado laico, que permite o livre culto religioso. Porém, é ilegal deixar os animais no local em decomposição, infringindo a legislação sanitária.
Conforme ele, as aves em decomposição poderiam trazer transtorno ao cemitério. Nesse caso, a Vigilância tomaria as providências. Mesmo que seja uma questão religiosa, o fiscal diz que o depósito dos animais naquele formato é irregular, conforme o Código Sanitário Municipal.
Souza entende que é importante respeitar o culto religioso de todas as pessoas, mas frisa que qualquer tipo de intervenção dessa natureza, de forma geral, precisa de autorização dos responsáveis pela estrutura, além da limpeza adequada após o uso.