Estiagem obriga município a decretar emergência
Diminuição na produção de leite, falta de alimento para animais, diminuição da água potável, perda na safra de grãos atual e diversas outras consequências causadas pela falta de chuva no município de São Miguel da Boa Vista, fizeram com que a Defesa Civil do municipal decretasse emergência.
De acordo com dados levantados pela Defesa Civil, Epagri e Secretaria da Agricultura, desde janeiro, quando a situação começou a se agravar, foram diversos atendimentos paliativos em relação ao assunto.
As ações realizadas pelo poder público do município foram: abertura e limpeza de bebedouros nas propriedades dos agricultores; transporte de água com caminhões-pipa (tanto água bruta quanto potável) para consumo animal e humano; utilização de caçambas com caixas de polietileno para transporte de água bruta até as propriedades; proteção de fontes de água sempre que possível, visando a preservação dos recursos hídricos.
Ainda conforme a equipe, as lavouras de soja, milho e feijão estão praticamente todas perdidas. Na produção de leite, a estimativa é de que houve a diminuição de 30 porcento.
Até o fechamento desta matéria, eram em torno de 150 famílias assistidas pela Secretaria da Agricultura com fornecimento de água.
Papel da Epagri diante da situação
Conforme a extensionista rural da Empresa de PesquisaAgropecuária e Extensão Ruralde Santa Catarina (Epagri), Domitila Souza Santos em condições adversas iguais ao que o município vem passando neste começo de 2025, a estatal se destaca em aumentar a segurança hídrica das propriedades familiares rurais. “Buscamos a preservação dos ecossistemas e promovendo resiliência frente a eventos climáticos extremos, como secas e inundações”, ressalta. Ela ainda destaca que a empresa do governo de Santa Catarina foca em dois eixos, a assessoria técnica e o acesso a políticas públicas. “Nós orientamos as famílias em construção de cisternas, sistemas de tratamento de água, captação e distribuição de água, sistemas de irrigação, proteção de fontes e implantação de matas ciliares”, lembra a extensionista.
Ainda conforme Domitila os investimentos necessários podem ser financiados por meio das políticas públicas, tanto do governo federal quanto estadual. Ela cita o Investe Agro SC – Água para o Campo do governo do estado, por meio da Secretaria da Agricultura. “A Secretaria subvenciona até 3% dos juros ao ano. Já os projetos com financiamentos apoiados pelo Projeto Água no Campo são pagos em cinco anos sem juros, e a família que pagar em dia tem desconto de 50% nas parcelas. Após a liberação dos recursos, os técnicos da Epagri acompanham e assessoram a implantação dos projetos”, finaliza a extensionista.
Decreto de Emergência
Desde o dia 14 de março, o prefeito Vanderlei Bonaldo decretou emergência em decorrência do longo período de estiagem. Com o decreto, todos os órgãos municipais estão autorizados a mover ações para o combate aos efeitos da estiagem, bem como recebimento de ajudas externas.






