TESTE DE ACEITABILIDADE NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

A aceitação de um alimento pelos estudantes é um importante fator para determinar a qualidade do serviço prestado pelas escolas públicas brasileiras em relação ao fornecimento da alimentação escolar. Além disso, evita o desperdício de recursos públicos na compra de gêneros alimentícios rejeitados. O teste de aceitabilidade, é o conjunto de procedimentos metodológicos, cientificamente reconhecidos, destinados a medir o índice de aceitabilidade da alimentação oferecida aos escolares, ele é um instrumento fundamental, pois sua execução é fácil e permite a verificação da preferência média dos alimentos oferecidos. Ele faz parte da análise sensorial de alimentos, que evoca, mede, analisa e interpreta as reações das características percebidas na ingestão de alimentos, como são percebidas pelos órgãos da visão, olfato, paladar, tato e audição. Segundo a Resolução CD/FNDE nº 26/2013, no artigo 17, a Entidade Executora (Prefeituras e Escolas) aplicará o teste de aceitabilidade aos alunos sempre que introduzir no cardápio alimento novo ou quaisquer outras preparações inovadoras, no que diz respeito ao preparo, ou para avaliar a aceitação dos cardápios praticados frequentemente.

 O teste de aceitabilidade pode ser aplicado para preparações/alimentos novos e para alimentos atípicos ao hábito alimentar local, bem como para preparações que sofreram modificações. Existem vários métodos para avaliar a aceitabilidade das preparações dos cardápios da Alimentação Escolar como: método sensorial descritivo, resto ingestão, cartelas lúdicas e escala hedônica facial. Este último, a escala hedônica facial, é o mais utilizado e indicado para escolares do 1º ao 5º ano. Por meio de escalas faciais, o aluno após ingerir a preparação ofertada na Alimentação Escolar, irá votar e manifestar sua opinião e aceitação sobre a preparação ofertada. Para realizar este teste, a rede municipal de ensino de São Miguel da Boa Vista, ofertou recentemente aos alunos a preparação: strogonoff saudável, batatinha gratinada, arroz branco e mix de folhas verdes.

A realização da pesquisa com os alunos foi conduzida pela Nutricionista responsável pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Adriana Filimberti Motter, acompanhada pelas merendeiras e serventes que preparam os alimentos e pela presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE). Com 89,5% de a preparação foi bem aceita pelos alunos e comunidade escolar, permanecendo nos cardápios a serem ofertados durante o ano letivo.