Setembro Amarelo – Mês da Prevenção ao Suicídio

Dia 10 de setembro é uma data lembrada mundialmente e também é um tipo de chamamento para que as pessoas percebam que podem ser amparadas em momentos difíceis da vida, para que não cheguem a pontos extremos como o suicídio.

Medo, angústia, desespero, solidão: o que leva uma pessoa a desistir de tudo? Quais fatores influenciam? Teria dado tempo se a família soubesse da intenção de quem pôs um fim ao próprio sofrimento? Essas são algumas das questões sobre suicídio que na maioria das vezes, ficam sem respostas.

O suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo. Suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou uma única razão. Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais.

A maioria das pessoas que cometeu suicídio tem um transtorno mental diagnosticável. Suicídio e comportamento suicida são mais freqüentes em pacientes psiquiátricos. Esses são os grupos diagnósticos, em ordem decrescente de risco de:

-depressão (todas as formas);

-transtorno de personalidade (anti-social e borderline com traços de impulsividade, agressividade e freqüentes alterações do humor);

-alcoolismo (e/ou abuso de substância em adolescentes);

-esquizofrenia;

– transtorno mental orgânico;

-Isolamento, mudanças marcantes de hábitos,

-perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência,

– piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.

 “Pacientes com quadro depressivo mais grave com ideação suicida devem ser cuidadosamente acompanhados e, se necessário, encaminhados a um serviço especializado a fim de prevenir a tentativa de suicídio”

 Dados sobre o suicídio:

 Alguns estudos associam o suicídio a distúrbios mentais, transtornos de personalidade, isolamento e depressão – doença relacionada a 30% dos casos de morte de acordo com a OMS.

Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que a prevenção é fundamental para reverter essa situação, garantindo ajuda e atenção adequadas. A primeira medida preventiva é a educação. É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade. 

O suicídio é considerado um problema de saúde pública e estima-se que dez a vinte milhões de pessoas tentarão se suicidar nos próximos anos, de acordo com a OMS. Com base nisso, a organização criou o Plano de Ação de Saúde Mental com a meta de reduzir em 10% a taxa de suicídios até 2020.

 

Mas o que fazer ?

 Mas como buscar ajuda se muitas vezes a pessoa sequer sabe que pode receber apoio e que o que ela sente naquele momento é mais comum do que se divulga? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda a um amigo ou familiar se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada?

 “Conheço alguém que está pensando em cometer suicídio, COMO POSSO AJUDAR?”

 Se você suspeita que alguém próximo à você está com depressão ou pensa em cometer suicídio, tente se aproximar:

• Pergunte se o pensamento existe e em que nível;
• Se já houve planejamento e como;
• Procure ouvi-lo atentamente;
• Tente compreender os sentimentos dessa pessoa;
• Expressar respeito pelas opiniões e pelos valores dela;
• Converse abertamente;
• Demonstre sua preocupação, seu cuidado e sua afeição para com ela;
• Procure conversar com a família, amigos ou rede de apoio dessa pessoa;
• Caso a pessoa tenha acesso a métodos suicidas, como armas e remédios, remova-os imediatamente;
• Oriente e ajude a buscar ajuda na rede de saúde, na sua unidade de saúde.

 A prevenção ao suicídio passa a ser desde o tratamento médico adequado ao problema apresentado pelo indivíduo, bem como com tratamento farmacológico e acompanhamento psicológico. Contudo, os suportes social e familiar são fundamentais para a recuperação da pessoa que precisa de ajuda.